Desvairo!
A morte
e os seus amigos
despertaram-me!
Ainda com a cara por lavar
saltamos para o quatidiano citadino!
Deparamo-nos com mortos-vivos,
vivos-mortos e debuxos de gentes!
Todos à procura do mesmo: tempo!
Todos o pedem!
Todos o querem!
Todos o compram!
Ninguém o possui!
Sábios e devassos libertinos
também os haviam!
Vagueavam calmamente
como se do próprio tempo se tratassem!
Percebi então,
que cada um constrói o seu próprio tempo!
É essa a semelhança entre ser e permanecer!
É essa a diferença entre os que morreram
e os que não morrem!
É essa a semelhança entre a morte e seus amigos!
É essa a diferença entre dizer e fazer!
E eu não tenciono morrer conformado!
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