sexta-feira, 4 de janeiro de 2008


A Vida!


A vida…
De que se trata?
Como se desenrola?
Quanto tempo dura?
Quem a controla?
Tantas são as questões
Que esta pequena palavra
Suscita… a vida!

Será como um comboio?
Guiada por alguém
Sempre nas mesmas linhas;
Sempre as mesmas viagens;
Sempre as mesmas pessoas;
Sempre a mesma monotonia!

Será como um pequeno barco?
Guiado por alguém
Sempre no mesmo mar;
Sempre as mesmas viagens;
Sempre o mesmo objectivo;
Sempre a mesma adrenalina!

Será como um pássaro?
Guiado por ninguém
Tanto no céu como na terra;
Tantas são as viagens,
Encontros e desencontros;
Mas sempre tão espectaculares!

Prefiro pensar que são os três!
Há momentos para tudo!
Uns de aventura, outros
De rebeldia ou até
De mitigação e perseverança!

Há de facto algo que
Me incomoda na interpretação
Que eu próprio faço da vida!
(Perdoa-me o meu gnosticismo)
Ela consegue ser tão irredutível,
Tão incompleta…
Tão injusta…
Mas é tão bela e poderosa!
É sem duvida o poder
E a enfermagem mais
Preponderante que possuo!
Mas não é só minha;
É de todos nós…

Para acabar, assumo claramente
Que não controlo a minha vida,
Pelo menos como quereria!
E como eu, ninguém!
Consola-me!

Tu, ó vida; ó minha vida!
Acredito em ti piamente!
És abreviatura da minha morte,
És poesia consumida do eu,
És dialogo de paz (interior),
És acto propositado;
És uma pequena palavra
Mas com tanto significado!

És intemporal,
O tempo não é
Com certeza teu rival,
É antes o teu amigo aliado!
És um ciclo,
Que não possui meio,
Apenas principio e fim!
És o tudo do nada
Que é a morte!

A vida é…
Quem sabe ao certo?

Mas tu vida,
Diz-me quem eu sou!
Diz o que me está reservado!
Absolve-me, pune-me
Mas não me abandones;
Pois és tudo o que tenho!

Obrigado…

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